4. Faça uma sessão de interrogatório com a pessoa que se queixa.
“Porque é que fizeste isso?”, “Não podias ter tratado de tudo antes?”, “Porque é que não me consultaste?”, “Como é que achas que vais resolver a situação?”. Estas perguntas não são um interesse sincero pelo interlocutor e uma preocupação com ele, mas sim acusações e afirmações mal disfarçadas. Não ajudarão a pessoa a lidar com uma situação difícil, mas apenas a farão justificar-se e sentir-se inútil. E, possivelmente, causarão uma agressão legítima e provocarão um conflito.
Se quiser ajudar, é melhor não tentar descobrir quem tem razão e quem é culpado, não insistir na mágoa, não insinuar que deveria ter agido de forma diferente, mas sim solidarizar-se e oferecer o seu apoio.
5. Diagnosticar e dar conselhos
“É porque é muito fechado e afugenta as pessoas!”, “É que está sob pressão de uma rutura passada e não consegue iniciar uma nova relação”, “Tem baixa autoestima, é por isso que está em apuros”, “Oh, bem, é um típico Capricórnio na fase retrógrada de Mercúrio”, “Eu também tive uma situação semelhante, tomei um curso de vitaminas e tudo melhorou. Vai comprar umas hoje!”.
O desejo de rotular a outra pessoa, de a julgar e de “prescrever uma cura” é compreensível e natural. É uma forma de se sentir importante e de mostrar que conhece bem o assunto. Mas se o interlocutor não pedir essa avaliação, não é um facto que ele precise dela e não ficará ofendido ou desencorajado.
Além disso, os “diagnósticos” médicos ou psicológicos podem levar uma pessoa sugestionável para o caminho errado e acabar mal: baixa da autoestima, novos complexos, decisões precipitadas e problemas de saúde.